segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Moral? Ética? Quem tem?

Hoje vemos o avanço tecnológico cada vez mais atuante na vida moderna. Em segundos podemos nos comunicar com alguém do outro lado do mundo, apenas num click.
O avanço da medicina com cirurgias, transplantes, descobertas de vírus e bactéria  que nem imaginamos. Estamos caminhando a passos tão largos nesse milênio, que até nos assusta.
Porém esse mesmo ser humano capaz de tantas novidades tecnològicas não consegue ainda transformar a si mesmo, no tocante aos valores morais e éticos. Estamos diante de um quadro desanimador, quando assistimos passivamente ao desrespeito a que estão submentidos as crianças e os idosos, ou seja, os mais indefesos em nosso país.
Quando esses valores não são cultivados desde cedo, o que se esperar dos adultos? É por isso que cada vez mais aumenta a responsabilidade da escola, bem como, de toda a comunidade escolar, com destaque para os professores, pois esses últimos estão com as crianças e jovens todos os dias em sala de aula.
A nossa função é árdua pois nos delegaram várias funções, muitas delas, fora do nosso alcance.
Nós educadores necessitamos estar em contato uns com os outros, dividindo experiências positivas, somando forças para que possamos ser referência na vida desses educandos que passam por nós. Pois olhando a sociedade, principalmente aqueles que estão ou queren o poder, sobretudo nessa época da campanha política partidária, a ética e a moral parecem que foram muito bem escondidas, quando vemos os inimigos de ontem sendo irmãos siameses hoje. Tudo em prol do poder que desejam alcançar para muitas vezes usá-los em benefícios próprios.
Acredito que a moral e a ética ainda exista em nossa sociedade, necessitamos resgatá-las  com bons exemplos e experiências sociais positivas permeando assim nossas atitudes.


Lúcia de Fátima Ataíde de Lima
"Eu sou aquilo que consegui fazer com aquilo que fizeram de mim"


Sartre

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

"... liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda..."


Cecília Meireles

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

"Qualquer coisa que encoraje o crescimento de laços emocionais tem que servir contra as guerras. O amor talvez..."


Sigmund Freud

terça-feira, 19 de outubro de 2010

"Para avançar até o máximo do seu potencial, é necessário que você viva no limite das suas possibilidades"


T. Hary Eker

EDUCAÇÃO SÓCIO AMBIENTAL: ONDE E COMO ENSINAR! É PAPEL SÓ DA ESCOLA?




            O tema educação sócio ambiental, atualmente, vem adquirindo força como questão de cidadania local e planetária. Além de fazer parte das preocupações quotidianas de cidadãos comuns, cada vez mais, a questão sócio ambiental tem sido pauta de governos, empresas, movimentos sociais, ONGs, enfim, de uma infinidade de atores sociais que interferem no ambiente.  O Artigo 11 da Lei nº 9.795 que trata da política Nacional de Meio Ambiente, estabelece:

A dimensão ambiental deve constar em todos os níveis de formação de professores em todos os níveis e em todas as disciplinas. Parágrafo Único. Os professores em atividades devem receber formação complementar em suas áreas de atuação, com o propósito de atender adequadamente ao cumprimento dos princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.

O meio ambiente exige uma abordagem multi, inter ou até transdisciplinar, o que não é exatamente o tradicional, e a abordagem aqui proposta representa, na verdade, a procura de uma prática da educação ambiental em sala de aula.
            Existem alguns princípios importantes para uma efetiva consciência sobre  a questão ecológica, o aprender sobre temas que a evidenciam. Os princípios ecológicos extraídos dos ecossistemas e aplicados nas comunidades de aprendizagem sob a forma de princípios educacionais são: interdependência, sustentabilidade, ciclos ecológicos, associação, flexibilidade, diversidade e coevolução. (CAPRA, 1993).
            A principal função do trabalho com o tema meio ambiente é contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos a decidirem e atuarem na realidade sócio ambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem–estar de cada um e da sociedade, local e global.
             Em linhas gerais, pode-se dizer que a educação sócio ambiental é todo processo cultural que objetive a formação de indivíduos capacitados a coexistir em equilíbrio com o meio. Processos não formais, informais e formais já estão conscientizando muitas pessoas e intervindo positivamente, se não solucionando, despertando para o problema da degradação crescente do meio ambiente, buscando novos elementos para uma alfabetização (BRANCO, 1998).
            A educação sócio ambiental é um processo permanente e inesgotável. O homem interfere na natureza com sua consciência, conhecimentos, atitudes, habilidades e formas de participar na sociedade; nasce, cresce e morre sem saber tudo sobre o ambiente em que vive.
            Para melhor conhecer o ambiente em que vive, ele precisa ser ecologicamente alfabetizado. Quanto à alfabetização ecológica, (CAPRA, 1999, p.231) diz:
Ser ecologicamente alfabetizado, "eco – alfabetizado", significa entender os princípios de organização das comunidades ecológicas (ecossistemas) e usar esses princípios para criar comunidades humanas sustentáveis. Precisamos revitalizar nossas comunidades, inclusive nossas comunidades educativas, comerciais e políticas, de modo que os princípios da Ecologia se manifestem nelas como princípios de educação, de administração e de política.

A escola precisa trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e a aprendizagem de habilidades e procedimento, mas nossos professores não estão aptos para trabalhar essa área com segurança e o próprio sistema não oferece apoio que precisam. Esse é um grande desafio para a educação e comportamentos ambientalmente corretos, serão aprendidos na prática do dia-a-dia na escola: gestos de solidariedade, hábitos de higiene pessoal e dos diversos ambientes.
A educação sócio ambiental vai além da questão conservacionista; é uma opção de vida. Para CAPRA (1982, p.28), faz-se necessário conhecer as razões históricas da degradação da natureza.

O novo mundo ocidental é marcado por uma visão de mundo calcada na crença do método científico como única forma válida de conhecimento; na divisão matéria e espírito; no universo como um sistema mecânico; na vida em sociedade como uma luta competitiva pela existência e na crença no progresso material ilimitado, a ser alcançado através do crescimento econômico e tecnológico.



 ATÉ ONDE VAI A RESPONSABILIDADE DOS PROFESSORES?

Os professores que se envolvem em processos de capacitação para implementação de mudanças educativas devem ser incentivados a superar as inseguranças, a reconhecer suas potencialidades para essas transformações, e perceber as possibilidades de ação que venham a fortalecer sua auto-estima, sua auto-confiança e desenvolvimento profissional.
Os processos de ensino e da aprendizagem implicam sempre mediações sociais, cognitivas e afetivas, que terão de ser trabalhadas na formação em educação sócio ambiental, visando ao mesmo tempo a uma melhoria na qualidade de ensino acrescentando-lhe mais conteúdo, objetivos e metodologia e modelos de gestão de classe.
Hoje em dia há uma preocupação maior com os conteúdos conceituais do que com os procedimentais e atitudinais. O objetivo do ensino fica restrito, assim, à aprendizagem de fenômenos e conceitos, desconsiderando a aprendizagem de procedimentos e atitudes fundamentais para a compreensão dos métodos e explicações com os quais a educação sócio ambiental trabalha.
As propostas pedagógicas separam a Geografia Humana da Geografia da Natureza em relação àquilo que deve ser aprendido como conteúdo específico. A memorização tem sido o exercício fundamental praticado no ensino de Geografia, mesmo nas abordagens mais avançadas. Apesar da proposta de problematização, de estudo do meio e da forte ênfase que se dá ao papel dos sujeitos sociais na construção do território e do espaço, o que se avalia ao final de cada estudo é se o estudante memorizou ou não os fenômenos e conceitos trabalhados e não aquilo que pôde identificar e compreender das múltiplas relações aí existentes.
O professor como sujeito que aprende em educação sócio ambiental, no exercício posterior terá de envolver-se na melhoria qualitativa da Instituição escolar, por meio de processos de aperfeiçoamento contínuo, trabalhos coletivos e propósitos compartilhados com os outros docentes alunos e comunidade. Por isso deve ser informado em relação às metodologias de resolução de conflitos e motivados para exercer a liderança.
As questões sócio ambientais vêm sendo consideradas cada vez mais urgentes e importantes para a sociedade, pois a humanidade depende da relação estabelecida entre a natureza e o uso pelo homem dos recursos naturais disponíveis, no presente e no futuro.
Não há como pensar educação ambiental desvinculada de valores tais como: cooperação, solidariedade, respeito mútuo, responsabilidade individual e coletiva, participação, comprometimento, e coletividade.
            Se no envolvimento de ações de educação sócio ambiental, executando projetos e/ ou trabalhando através da educação formal e da educação não formal junto às comunidades, preocuparmo-nos em planejar todas as fases do nosso trabalho: sensibilização, mobilização, informação e ação, com certeza estaremos atuando efetivamente em acordo com os princípios da educação ambiental e termos sucesso.
            Para tanto é indispensável definir o que queremos, unificar linguagem e procedimentos, assumir responsabilidades em conjunto, superar os conflitos interpessoais e tomar decisões coletivamente, em um trabalho sério e organizado por uma causa que vale a pena: a educação sócio ambiental.

Este desafio exige estabelecer processos de reflexão/ação/reflexão, nas diversas formas de interação entre sociedade e meio ambiente, bem como nas relações entre homem, sociedade, natureza, revisando seus próprios conceitos e procedimentos, a partir da sensibilização de si mesmo e da comunidade escolar sobre as causas reais dos problemas que a sociedade humana, de uma forma geral, enfrenta (degradação ambiental, fome, miséria, problemas sociais, exclusão e assim por diante), com vistas à melhoria da qualidade de vida de toda a sociedade.



Maria Aparecida Siqueira
Professora da rede Municipal de Ensino de Jaboti - Paraná; Assessora Pedagógica da Secretária Municipal de Educação; Participante do Projeto a União Faz a Vida; Responsável pelo Projeto Sacola Ecológica.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

"O ser humano maduro precisa ser adulto para ser equilibrado, mas também precisa saber ser adolescente para poder mudar quando necessário, assim como saber ser criança, para continuar aprendendo".


Claúdio Lyra Bastos