segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Moral? Ética? Quem tem?

Hoje vemos o avanço tecnológico cada vez mais atuante na vida moderna. Em segundos podemos nos comunicar com alguém do outro lado do mundo, apenas num click.
O avanço da medicina com cirurgias, transplantes, descobertas de vírus e bactéria  que nem imaginamos. Estamos caminhando a passos tão largos nesse milênio, que até nos assusta.
Porém esse mesmo ser humano capaz de tantas novidades tecnològicas não consegue ainda transformar a si mesmo, no tocante aos valores morais e éticos. Estamos diante de um quadro desanimador, quando assistimos passivamente ao desrespeito a que estão submentidos as crianças e os idosos, ou seja, os mais indefesos em nosso país.
Quando esses valores não são cultivados desde cedo, o que se esperar dos adultos? É por isso que cada vez mais aumenta a responsabilidade da escola, bem como, de toda a comunidade escolar, com destaque para os professores, pois esses últimos estão com as crianças e jovens todos os dias em sala de aula.
A nossa função é árdua pois nos delegaram várias funções, muitas delas, fora do nosso alcance.
Nós educadores necessitamos estar em contato uns com os outros, dividindo experiências positivas, somando forças para que possamos ser referência na vida desses educandos que passam por nós. Pois olhando a sociedade, principalmente aqueles que estão ou queren o poder, sobretudo nessa época da campanha política partidária, a ética e a moral parecem que foram muito bem escondidas, quando vemos os inimigos de ontem sendo irmãos siameses hoje. Tudo em prol do poder que desejam alcançar para muitas vezes usá-los em benefícios próprios.
Acredito que a moral e a ética ainda exista em nossa sociedade, necessitamos resgatá-las  com bons exemplos e experiências sociais positivas permeando assim nossas atitudes.


Lúcia de Fátima Ataíde de Lima
"Eu sou aquilo que consegui fazer com aquilo que fizeram de mim"


Sartre

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

"... liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda..."


Cecília Meireles

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

"Qualquer coisa que encoraje o crescimento de laços emocionais tem que servir contra as guerras. O amor talvez..."


Sigmund Freud

terça-feira, 19 de outubro de 2010

"Para avançar até o máximo do seu potencial, é necessário que você viva no limite das suas possibilidades"


T. Hary Eker

EDUCAÇÃO SÓCIO AMBIENTAL: ONDE E COMO ENSINAR! É PAPEL SÓ DA ESCOLA?




            O tema educação sócio ambiental, atualmente, vem adquirindo força como questão de cidadania local e planetária. Além de fazer parte das preocupações quotidianas de cidadãos comuns, cada vez mais, a questão sócio ambiental tem sido pauta de governos, empresas, movimentos sociais, ONGs, enfim, de uma infinidade de atores sociais que interferem no ambiente.  O Artigo 11 da Lei nº 9.795 que trata da política Nacional de Meio Ambiente, estabelece:

A dimensão ambiental deve constar em todos os níveis de formação de professores em todos os níveis e em todas as disciplinas. Parágrafo Único. Os professores em atividades devem receber formação complementar em suas áreas de atuação, com o propósito de atender adequadamente ao cumprimento dos princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.

O meio ambiente exige uma abordagem multi, inter ou até transdisciplinar, o que não é exatamente o tradicional, e a abordagem aqui proposta representa, na verdade, a procura de uma prática da educação ambiental em sala de aula.
            Existem alguns princípios importantes para uma efetiva consciência sobre  a questão ecológica, o aprender sobre temas que a evidenciam. Os princípios ecológicos extraídos dos ecossistemas e aplicados nas comunidades de aprendizagem sob a forma de princípios educacionais são: interdependência, sustentabilidade, ciclos ecológicos, associação, flexibilidade, diversidade e coevolução. (CAPRA, 1993).
            A principal função do trabalho com o tema meio ambiente é contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos a decidirem e atuarem na realidade sócio ambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem–estar de cada um e da sociedade, local e global.
             Em linhas gerais, pode-se dizer que a educação sócio ambiental é todo processo cultural que objetive a formação de indivíduos capacitados a coexistir em equilíbrio com o meio. Processos não formais, informais e formais já estão conscientizando muitas pessoas e intervindo positivamente, se não solucionando, despertando para o problema da degradação crescente do meio ambiente, buscando novos elementos para uma alfabetização (BRANCO, 1998).
            A educação sócio ambiental é um processo permanente e inesgotável. O homem interfere na natureza com sua consciência, conhecimentos, atitudes, habilidades e formas de participar na sociedade; nasce, cresce e morre sem saber tudo sobre o ambiente em que vive.
            Para melhor conhecer o ambiente em que vive, ele precisa ser ecologicamente alfabetizado. Quanto à alfabetização ecológica, (CAPRA, 1999, p.231) diz:
Ser ecologicamente alfabetizado, "eco – alfabetizado", significa entender os princípios de organização das comunidades ecológicas (ecossistemas) e usar esses princípios para criar comunidades humanas sustentáveis. Precisamos revitalizar nossas comunidades, inclusive nossas comunidades educativas, comerciais e políticas, de modo que os princípios da Ecologia se manifestem nelas como princípios de educação, de administração e de política.

A escola precisa trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e a aprendizagem de habilidades e procedimento, mas nossos professores não estão aptos para trabalhar essa área com segurança e o próprio sistema não oferece apoio que precisam. Esse é um grande desafio para a educação e comportamentos ambientalmente corretos, serão aprendidos na prática do dia-a-dia na escola: gestos de solidariedade, hábitos de higiene pessoal e dos diversos ambientes.
A educação sócio ambiental vai além da questão conservacionista; é uma opção de vida. Para CAPRA (1982, p.28), faz-se necessário conhecer as razões históricas da degradação da natureza.

O novo mundo ocidental é marcado por uma visão de mundo calcada na crença do método científico como única forma válida de conhecimento; na divisão matéria e espírito; no universo como um sistema mecânico; na vida em sociedade como uma luta competitiva pela existência e na crença no progresso material ilimitado, a ser alcançado através do crescimento econômico e tecnológico.



 ATÉ ONDE VAI A RESPONSABILIDADE DOS PROFESSORES?

Os professores que se envolvem em processos de capacitação para implementação de mudanças educativas devem ser incentivados a superar as inseguranças, a reconhecer suas potencialidades para essas transformações, e perceber as possibilidades de ação que venham a fortalecer sua auto-estima, sua auto-confiança e desenvolvimento profissional.
Os processos de ensino e da aprendizagem implicam sempre mediações sociais, cognitivas e afetivas, que terão de ser trabalhadas na formação em educação sócio ambiental, visando ao mesmo tempo a uma melhoria na qualidade de ensino acrescentando-lhe mais conteúdo, objetivos e metodologia e modelos de gestão de classe.
Hoje em dia há uma preocupação maior com os conteúdos conceituais do que com os procedimentais e atitudinais. O objetivo do ensino fica restrito, assim, à aprendizagem de fenômenos e conceitos, desconsiderando a aprendizagem de procedimentos e atitudes fundamentais para a compreensão dos métodos e explicações com os quais a educação sócio ambiental trabalha.
As propostas pedagógicas separam a Geografia Humana da Geografia da Natureza em relação àquilo que deve ser aprendido como conteúdo específico. A memorização tem sido o exercício fundamental praticado no ensino de Geografia, mesmo nas abordagens mais avançadas. Apesar da proposta de problematização, de estudo do meio e da forte ênfase que se dá ao papel dos sujeitos sociais na construção do território e do espaço, o que se avalia ao final de cada estudo é se o estudante memorizou ou não os fenômenos e conceitos trabalhados e não aquilo que pôde identificar e compreender das múltiplas relações aí existentes.
O professor como sujeito que aprende em educação sócio ambiental, no exercício posterior terá de envolver-se na melhoria qualitativa da Instituição escolar, por meio de processos de aperfeiçoamento contínuo, trabalhos coletivos e propósitos compartilhados com os outros docentes alunos e comunidade. Por isso deve ser informado em relação às metodologias de resolução de conflitos e motivados para exercer a liderança.
As questões sócio ambientais vêm sendo consideradas cada vez mais urgentes e importantes para a sociedade, pois a humanidade depende da relação estabelecida entre a natureza e o uso pelo homem dos recursos naturais disponíveis, no presente e no futuro.
Não há como pensar educação ambiental desvinculada de valores tais como: cooperação, solidariedade, respeito mútuo, responsabilidade individual e coletiva, participação, comprometimento, e coletividade.
            Se no envolvimento de ações de educação sócio ambiental, executando projetos e/ ou trabalhando através da educação formal e da educação não formal junto às comunidades, preocuparmo-nos em planejar todas as fases do nosso trabalho: sensibilização, mobilização, informação e ação, com certeza estaremos atuando efetivamente em acordo com os princípios da educação ambiental e termos sucesso.
            Para tanto é indispensável definir o que queremos, unificar linguagem e procedimentos, assumir responsabilidades em conjunto, superar os conflitos interpessoais e tomar decisões coletivamente, em um trabalho sério e organizado por uma causa que vale a pena: a educação sócio ambiental.

Este desafio exige estabelecer processos de reflexão/ação/reflexão, nas diversas formas de interação entre sociedade e meio ambiente, bem como nas relações entre homem, sociedade, natureza, revisando seus próprios conceitos e procedimentos, a partir da sensibilização de si mesmo e da comunidade escolar sobre as causas reais dos problemas que a sociedade humana, de uma forma geral, enfrenta (degradação ambiental, fome, miséria, problemas sociais, exclusão e assim por diante), com vistas à melhoria da qualidade de vida de toda a sociedade.



Maria Aparecida Siqueira
Professora da rede Municipal de Ensino de Jaboti - Paraná; Assessora Pedagógica da Secretária Municipal de Educação; Participante do Projeto a União Faz a Vida; Responsável pelo Projeto Sacola Ecológica.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

"O ser humano maduro precisa ser adulto para ser equilibrado, mas também precisa saber ser adolescente para poder mudar quando necessário, assim como saber ser criança, para continuar aprendendo".


Claúdio Lyra Bastos

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Aos Professores

"Sei que meu trabalho é uma gota no oceano. Mas, sem ele, o oceano seria menor."


Madre Teresa de Calcutá

Dia do Professor. O que comemorar?

Estamos vivendo tempos difíceis na educação. Apesar de tantos projetos apresentados por nossos governantes,com o intuito de melhorar a educação no Brasil, sobretudo no Rio de Janeiro que figura o penúltimo lugar no índice do IDEB. Como diz minha amiga Valdinéia Costa "Vivemos a Pedagogia da Aparência".
O que nossos governantes não sabem ou fingem não saber é que não se faz educação pública de qualidade oferecendo salários tão baixos a uma categoria com uma responsabilidade social tão grande. Não que a qualidade do ensino esteja apenas no salário, no entanto, quando o professor é obrigado a estender sua carga horária fazendo horas extras, a qualidade do trabalho tende a diminuir, pois não lhe sobre tempo para estudar como deveria.
Ao mesmo tempo muitos governantes preocupam-se apenas com o lado material, equipam as escolas, mas não dão condições dignas de trabalho aos professores,  não levando em conta as horas de trabalho utilizadas em correções de provas, preparação de aulas e etc.
São muitos os direitos negados a esses profissionais responsáveis pela formação de tantos outros. A começar pela falta de democracia nas escolas estaduais, ao ser negado o direito de eleger os diretores das escolas, pois os mesmo hoje, são indicados por pessoas ligadas à política partidária.Pessoas essas preocupados exclusivamente em defender seus interesses econômicos e eleitoreiros dificultando assim a gestão democrática.
Porém nem tudo é angústia, decepção ou tristeza. Como diz a música de Chico Buarque: (...)"Apesar de você, amanhã há de ser outro dia", ainda acreditamos na educação e temos a esperança de que com o trabalho desenvolvido diariamente em sala de aula possamos criar condições para que nossos alunos construam um senso crítico capaz de escolher governantes preocupados em promover políticas públicas voltadas para o coletivo e não mais para interesses individuais.
Parabéns a todos os professores por sua dedicação, competência e responsabilidade com a educação.


Lúcia de Fátima Ataíde de Lima

Aqui Estamos (Tributo Ao Professor)

Aqui estamos!
Prontos a resistir
Ainda que o desânimo persista
Em nos fazer desistir.
Incansáveis...
Aqui estamos!
Ainda que paralisados
Pelo dissabor que cresce
São conflitos,
São anseios,
É a dor que adormece.
Engajados...
Aqui estamos!
Viajando para dentro de nós mesmos
Rebuscando os ideais,
Ultrapassando obstáculos,
Vencendo barreiras,
Superando limites...
Mantendo "essa estranha mania de ter fé na vida"
Esperançosos...
Tornando-nos vitoriosos
Por não nos deixar abater.
Aqui estamos!
Altivos educadores,
Verdadeiros mestres na arte de educar!
Redescobrindo espaços,
Reforçando os laços,
Desejando transformar!
Dia a dia
Aqui estamos!
Contornando situações
Vivenciando conflitos
Experimentando emoções...
A  luta pela sobrevivência,
Aquele grito... antigo
Que teima em entalar na garganta.
A cada momento uma experiência
Que ora agride... ora encanta...
O sistema perverso
Estimula a desistência
A força de ideais:
Resistência!!
Comprometidos...
Aqui estamos!
São uns e outros que chegam
Impetram suas vontades
Impõem suas vaidades
Modificam,
Tantas vezes fazem piorar
E passam!
São figuras transitórias...
Apesar desses,
Aqui estamos!
Transformando essa tarefa
Em muito mais que uma função
Afinal, educar,
Essa tarefa sofrida
É mesmo um ato de amor,
É uma lição de vida!


Waldinéia da Costa
Professora de Português da rede
Estadual de Ensino do Rio de Janeiro.
Colégio Estadual Sol Nascente.

Ensino Médio: Aprendizagem Significativa X Aprendizagem Mecânica.

 
Trabalho de Conclusão de Curso para graduação em Pedagogia apresentado a FEATI - Faculdade de Educação, Administração e Tecnologia de Ibaiti-PR.

Tema: Aprendizagem Significativa: Um estudo sobre sua utilização na construção da cidadania.
Problematização: Como esta sendo realizado o trabalho de construção e aprimoramento de saberes necessários para o exercício da cidadania envolvendo aprendizagem significativa no Ensino Médio?
Tipo de pesquisa: Teórico-bibliográfica, qualitativa, descritiva, exploratória com sustentação em pesquisa de campo.
Universo da Pesquisa: A pesquisa foi realizada com os professores do Ensino Médio da cidade de Ibaiti-PR, sendo entrevistados 20% dos profissionais o que totalizou 10 professores.
Análise e discussão dos dados: Os dados coletados foram analisados com base nas respostas dos professores argüidos, sendo organizados em categorias: Formação docente, Prática pedagógica e Experiência profissional.
Em relação à Formação Docente analisando as respostas percebe-se que muitos profissionais necessitam de uma busca constante de conhecimento, uma formação continuada para suprir suas necessidades e de uma melhor maneira mediar o conhecimento a ser transmitido.
Sobre a Prática Pedagógica afirma-se que os profissionais da educação acreditam que propostas curriculares visando o resultado é a melhor maneira de transmitir valores aos indivíduos, esquecendo-se que todo o planejamento deve partir de onde está o aluno.
Em relação à Experiência Profissional comprova-se que todos os profissionais afirmam que a educação deve primeiramente formar indivíduos para a vida e conseqüentemente para o trabalho, o que será de grande produtividade tais afirmações para o ensino médio inovador já que está sendo implantado para sanar essa dualidade que persiste.
 Conclusão Final:

A presente pesquisa buscou investigar o conhecimento dos profissionais sobre a relação entre a aprendizagem significativa e construção da cidadania no ensino médio, pois acredita-se que o ensino médio por ser etapa final da educação básica deve fornecer subsídios necessários para a formação do homem como cidadão. Em relação a este aparente consenso, a grande parte de nossas escolas continua dominada por uma concepção mecânica, onde se ensina uma grande quantidade de informações que servirão momentaneamente e serão descartadas logo após o alcance dos resultados, não chegando a modificar as concepções espontâneas que os alunos trazem do seu cotidiano. Acredita-se que a escola organizada dessa forma necessita de significados aos seus alunos, onde eles relacionem conhecimentos novos a experiências anteriores, a formulação de problemas desafiantes que o incentivem a aprender mais, contribuindo para a utilização do que é aprendido em diferentes situações. Observou-se através da pesquisa que a maioria dos professores não estão comprometidos com o desenvolvimento e estruturação da cidadania, tampouco da relação da aprendizagem significativa para elaboração desse processo. Estão muito mais preocupados com o currículo a ser seguido do que propriamente com os objetivos que a educação se propõe a alcançar em quanto formadora de cidadão críticos e atuantes. Sendo este um problema sério nos dias de hoje em que para se ter inserção tanto no mercado de trabalho como na sociedade como um todo, os princípios que envolvem a construção da cidadania precisam estar bem estruturados. Nesse contexto é importante que os profissionais  da educação tenham uma perspectiva que em sala de aula o conhecimento não é só ensinado pelo professor e aprendido pelo aluno, ensinar e aprender com significados exige interação, percepção das diferenças, aceitação e busca constante na ação de conhecer e isso se faz necessário para que passemos da intenção a ação de tornar a escola mais humana para quem nela busca uma formação cidadã.


Luiz Felipe Carmo
Não se trata de dissolver o indivíduo num ente desconhecido chamado grupo, mas de tomar consciência de que a vinculação no grupo nos aporta a verdadeira dimensão social e ao único referencial real, sobre o nosso comportamento intelectual, afetivo e moral.


Ortega e Del Rey

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

"O importante e bonito do mundo é isso: que as pessoas
não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas,
mas que elas estão sempre mudando. Afinan e desafinam".

Guimarães Rosa

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Surpresa na Floresta

Em uma linda floresta
onde todos viviam em festa,
havia uma lagarta, triste e sozinha
coitada... Todos a achavam feinha...

Em uma bela manhã de sol
procurava pela lagarta, o Chapolin caracol
pois todos os dias,como sempre fazia
da Dona lagartinha ele ria,ria e ria...

Mas para sua surpresa ele não a encontrou,
pois dentro do casulo ela entrou...
Saiu curioso contando aos animais
deixando-os querendo saber mais...

No outro dia...
em frente ao casulo reuniu-se a bicharada
toda espantada
e de repente...
O casulo se abriu
e uma borboleta azul surgiu !

Que susto! Que alegria!
Diante do casulo a borboleta sorria...
e todos os animais a aplaudiam
pois agora, todos seus amigos eles seriam!












Trabalho acadêmico para a Brinquedoteca da FEATI-Faculdade de Educação, Administração e Tecnologia de Ibaiti-PR.

Autores: Adalgiza Siqueira, Carina Peres, Flaviane Oliveira, Josilaine Albergoni e Luiz Felipe Carmo
Ilustrações: Victor Lima



ERA UM VEZ...

        …um sonho…. O sonho de manter acesa a chama vibrante, intensa e colorida da infância.
Um tempo marcado pelo encantamento da atmosfera onírica que rege a primeira e mais importante fase das nossas vidas. Uma época singular, rica, pessoal e intransferível.
Período em que representa uma galáxia no meio de todos os outros milhões de sistemas estelares produzidos pela fértil imaginação infantil. Imaginação livre de preconceitos, de negativismos e de limitações.
A pureza, a ousadia e o espírito quase selvagem dos primeiros anos nos marcam de forma indelével por toda a existência…
É como se esse período fosse comandado pelo rítmo de um relógio cujos ponteiros marcam só diversão e alegria…
Um tempo cujo cheiro, gosto, cor e som continuamos perseguindo, de forma consciente ou inconsciente por toda a vida.
 
"Pedagogia do Amor"

Gabriel Chalita

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

ProJovem Urbano: Um Resgate da Cidadania

O ProJovem Urbano é um projeto do Governo Federal,  tendo como um dos objetivos a reinserção de jovens no meio social por meio da escola. Jovens que por diversos motivos à abondanaram ou foram excluidos pela mesma.
Participei deste projeto no Rio de Janeiro como professora de Ciências Humanas, que iniciou suas atividades em abril de 2009 e está sendo finalizado agora, apesar das dificuldades que permearam durante todo o processo, sinto-me gratificada de ter participado dessa experiência onde tantos jovens que no início apresentaram dificuldades de aprendizagens e relacionamentos, chegaram ao final mais confiantes em si mesmos.
Creio que a experiência de atividades diferenciadas e textos ligados ao cotidiano dos jovens bem como o grupo de profissionais dedicados à causa contribuíram para o desenvolvimento intelectual dos mesmos.
Na verdade a maior contribuição além do cognitivo foi ajudar esses jovens a voltar a estudar, convivendo em grupo. Isso só comprova o que dizem tantos educadores renomados, de que a educação é o melhor caminho para o resgate da cidadania.
E como disse Cora Coralina em seu poema "Aos Moços"
(...)
Creio numa força imanante
que vai ligando a família humana
numa corrente luminosa
de fraternidade universal.
Creio na solidariedade humana.
Creio na superação dos
erros e angústias do presente.
Acredito nos moços.


Lúcia de Fátima Ataíde de Lima
Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.

Mahatma Gandhi

Cidadania como Propulsora do Desenvolvimento Social


 O mundo com o tempo perdeu uma característica muito importante, a noção de humanidade, algo que deveria ser coletivo, mais é individual.
As pessoas não são espiritualizadas, não são capazes de olhar o outro como outro, simplesmente os rebaixam vendo o outro como estranho. Dizem amar a Deus, acreditar e confiar nele, pessoas espiritualizadas com uma fé inabalável, mas na realidade precisam refletir sobre si mesmo e suas ações, são pessoas que a qualquer dia acordam pela manhã sentindo-se mal, com um aperto no peito e um vazio interior, porém não sabem o porquê de estarem assim, acredita-se que a angústia é a sensação do nada, e na educação essa é a opção onde tudo é possível, pois tudo que se constrói começa do nada.
A educação regrediu, o governo hoje só se preocupa com os índices, quer alcançar o nível seis dos países desenvolvidos, e escolheu um caminho para isso onde o resultado é importante e não o processo.
Todo o trabalho em sala de aula, de conhecimento e prática tem como foco o resultado. E o aluno muitas vezes finge que sabe, impedindo uma ação significativa, o fato de não saber é uma expressão de inteligência, inovação, pois pior que isso é fingir que sabe.
O professor acredita que o país alcançará o índice dos países desenvolvidos, não existe dúvida, a cada ano o índice  tem aumentado os alunos só precisam decorar os conteúdos da “Provinha Brasil” um pouco mais. Os professores não inovam, não fazem de outra forma, até porque forma remete a coisas do mesmo tamanho e aparência. Não arriscam, temem o erro, mas errar é de suma importância, para saber o que não fazer.
É diante desse pensamento que a educação deixou de transmitir valores, acredita-se que isso desapareceu com o Movimento Brasil (MOBRAL), a muitas pessoas que se referem a esta palavra com um preconceito em relação ao tempo curto de alfabetização que era de três meses, porém desconhece o nível da educação proporcionada com este ensino onde tudo estudado teoricamente era de alguma maneira vivenciada na prática, onde o individuo descobria o seu valor no mundo, na sociedade, adquiria valores, respeito, conhecimento.
O processo foi tão eficaz que o governo revogou o Movimento Brasil, pois na época o objetivo era alfabetizar indivíduos com o tempo mais curto possível para as eleições, mas o processo, fez com que os alunos tivessem opiniões, reflexões sobre suas realidades e o ensino MOBRAL através do processo alcançou um resultado inovador.
A escola é como uma empresa, e de alguma maneira toda empresa que dá início a suas atividades é questionada sobre qual é a sua ação social, ou seja, o sentido, o objetivo daquilo que será realizado.
Em relação à escola, qual a ação social da escola? Educar para a vida ou para o trabalho?
A oportunidade de aprender e se especializar em uma profissão é proporcionada através do ensino superior, dos cursos profissionalizantes e técnicos.
Já a educação para a vida se não for trabalhada na educação não será encontrada em nenhum curso, porque não existe uma maneira de se viver, o que existe são meios.
O mercado de trabalho se fortaleceria, com indivíduos capacitados como bons cidadãos, sendo excelentes acadêmicos preparados com responsabilidade, ciente de direitos e deveres, possíveis de construir um futuro buscando uma maneira de conviver com igualdade com honestidade e respeito, existindo diferenças somente  nas atividades realizadas por cada um.  


Luiz Felipe Carmo

domingo, 10 de outubro de 2010

"A melhor maneira que a gente tem de fazer possível amanhã alguma coisa que não é possível de ser feita hoje, é fazer hoje aquilo que hoje pode ser feito. Mas se eu não fizer hoje o que hoje pode ser feito e tentar fazer hoje o que hoje não pode ser feito, dificilmente eu faço amanhã o que hoje também não pude fazer".
                                           Paulo Freire
                                                                                  

APRENDIZAGEM: Constatações e Reflexões

A idéia de aprendizagem não é a mesma de antigamente, onde professor ensina, aluno aprende e reproduz exatamente como aprendeu. Descrever o mundo e suas mudanças foi e sempre será o papel da escola. Porém o modelo de transmissão de conhecimentos adotado para isso já não tem mais efeito, não há assimilação, e aprender torna-se algo chato, desprazeiroso e monótono.
O mundo oferece hoje um interesse maior que a escola, e as pessoas envoltas no processo de ensino-aprendizagem nada fazem para mudar esse paradigma.
Talvez esse seja o fato da existência da evasão escolar. Mas até quando a escola conseguirá se manter nos modos aos quais ela existe? Até quando professores entregarão o peixe pronto ao invés de ensinar a pescar?
O segredo está no prazer em se fazer aquilo que ama, porque não há conhecimento que venha da má-vontade, e não existe vontade sem que alguém aguce o interesse para se descobrir algo desconhecido.
Nesse sentido percebemos que o professor deve estar atento às etapas do desenvolvimento do aluno e insistir nos conhecimentos como meta a ser perseguida e não como caminho a ser percorrido, pois a aprendizagem so ocorre diante da estimulação do ambiente sobre o individuo. Ela deve ser a compreensão de significados, relacionando-o a experiências anteriores e vivências pessoais dos alunos.
Dessa forma a Aprendizagem Significativa é preferível à Aprendizagem Mecânica, pois constitui um método mais prático e eficiente. Muitas vezes um indivíduo pode aprender algo mecanicamente e só mais tarde perceber que este se relaciona com algum conhecimento anterior já dominado.
A escola organizada em métodos mecânicos gera abondono, desmotivação e acaba atribuindo isso a fatores externos como desequilíbrio familiar e imaturidade do aluno. Dessa forma percebemos que temos uma escola que se não exclui por meio de reprovações, exclui por uma aprendizagem que não ocorre.
A aprendizagem significativa possibilita aos alunos aprenderem por diversos caminhos e formas diferentes. Se chegar a um resultado é importante, mas para que a aprendizagem significativa tenha uma concepção dominante o processo para se chegar a esse resultado é o que permeia a aprendizagem, permitindo ao individuo usar diversos meios e modos de expressão.
Diante desse referencial a educação é pautada na base do "cinismo", o  professor finge que ensina, o aluno finge que aprende, o governo finge que paga tudo, que promove uma educação e todos são felizes para sempre. Mas essa história pode ter continuidade?


Luiz Felipe Carmo