segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Cidadania como Propulsora do Desenvolvimento Social


 O mundo com o tempo perdeu uma característica muito importante, a noção de humanidade, algo que deveria ser coletivo, mais é individual.
As pessoas não são espiritualizadas, não são capazes de olhar o outro como outro, simplesmente os rebaixam vendo o outro como estranho. Dizem amar a Deus, acreditar e confiar nele, pessoas espiritualizadas com uma fé inabalável, mas na realidade precisam refletir sobre si mesmo e suas ações, são pessoas que a qualquer dia acordam pela manhã sentindo-se mal, com um aperto no peito e um vazio interior, porém não sabem o porquê de estarem assim, acredita-se que a angústia é a sensação do nada, e na educação essa é a opção onde tudo é possível, pois tudo que se constrói começa do nada.
A educação regrediu, o governo hoje só se preocupa com os índices, quer alcançar o nível seis dos países desenvolvidos, e escolheu um caminho para isso onde o resultado é importante e não o processo.
Todo o trabalho em sala de aula, de conhecimento e prática tem como foco o resultado. E o aluno muitas vezes finge que sabe, impedindo uma ação significativa, o fato de não saber é uma expressão de inteligência, inovação, pois pior que isso é fingir que sabe.
O professor acredita que o país alcançará o índice dos países desenvolvidos, não existe dúvida, a cada ano o índice  tem aumentado os alunos só precisam decorar os conteúdos da “Provinha Brasil” um pouco mais. Os professores não inovam, não fazem de outra forma, até porque forma remete a coisas do mesmo tamanho e aparência. Não arriscam, temem o erro, mas errar é de suma importância, para saber o que não fazer.
É diante desse pensamento que a educação deixou de transmitir valores, acredita-se que isso desapareceu com o Movimento Brasil (MOBRAL), a muitas pessoas que se referem a esta palavra com um preconceito em relação ao tempo curto de alfabetização que era de três meses, porém desconhece o nível da educação proporcionada com este ensino onde tudo estudado teoricamente era de alguma maneira vivenciada na prática, onde o individuo descobria o seu valor no mundo, na sociedade, adquiria valores, respeito, conhecimento.
O processo foi tão eficaz que o governo revogou o Movimento Brasil, pois na época o objetivo era alfabetizar indivíduos com o tempo mais curto possível para as eleições, mas o processo, fez com que os alunos tivessem opiniões, reflexões sobre suas realidades e o ensino MOBRAL através do processo alcançou um resultado inovador.
A escola é como uma empresa, e de alguma maneira toda empresa que dá início a suas atividades é questionada sobre qual é a sua ação social, ou seja, o sentido, o objetivo daquilo que será realizado.
Em relação à escola, qual a ação social da escola? Educar para a vida ou para o trabalho?
A oportunidade de aprender e se especializar em uma profissão é proporcionada através do ensino superior, dos cursos profissionalizantes e técnicos.
Já a educação para a vida se não for trabalhada na educação não será encontrada em nenhum curso, porque não existe uma maneira de se viver, o que existe são meios.
O mercado de trabalho se fortaleceria, com indivíduos capacitados como bons cidadãos, sendo excelentes acadêmicos preparados com responsabilidade, ciente de direitos e deveres, possíveis de construir um futuro buscando uma maneira de conviver com igualdade com honestidade e respeito, existindo diferenças somente  nas atividades realizadas por cada um.  


Luiz Felipe Carmo

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